O Anglicanismo

O cristianismo chegou às ilhas britânicas no final do primeiro século, levado por cristãos que fugiam das perseguições. Ali, a Igreja Cristã foi estabelecida inicialmente entre os celtas, que enviaram três bispos ao Concílio de Arles, em 314dC.

Em 596, o bispo de Roma, São Gregório Magno, enviou missionários para evangelizar o sudeste da Grã-Bretanha, região conhecida por Kent, onde habitavam os anglo-saxões. Essa missão foi liderada pelo bispo Agostinho, que estabeleceu em Cantuária as primeiras comunidades subordinadas ao bispo de Roma.

A partir de então houve um gradativo processo de avanço da Igreja de Roma nos territórios celtas até que em 664, a Igreja
Celta submeteu-se ao governo da Igreja Romana, adotando parcialmente seus ritos, mas mantendo diversas tradições celtas e
britânicas.

O povo britânico, porém, nunca concordou com a submissão ao poder romano. Assim, em 1534, a Igreja Anglicana voltou a separar-se da Igreja Romana por decisão do Parlamento após iniciativa do Rei Henrique VIII.

Sendo assim, o anglicanismo deixou-se influenciar positivamente pelo movimento da Reforma, sem deixar de preservar as mais puras e sadias tradições católicas antigas, expressas na liturgia contida no Livro de Oração Comum.

No Brasil o anglicanismo chegou em duas etapas no século XIX: através dos imigrantes ingleses que aqui se estabeleceram a partir de 1810, e através do trabalho de missionários norte-americanos a partir de 1889.

 

Santo Agostinho de Cantuária